Particionar o disco rígido simplesmente se refere em dividir o disco em duas seções. Cada seção é independente da outra. É equivalente a colocar paredes na casa; se você fizer mudanças em uma sala, a outra não será afetada.
Se possui atualmente um sistema operacional em seu computador (Windows 95, Windows NT, OS/2, MacOS, Solaris, FreeBSD) e você quiser instalar o Linux no mesmo disco, você provavelmente terá que reparticionar o disco. Em geral, alterando-se a partição de um sistema de arquivos existentes destrói todos os dados dela. Assim você deverá sempre fazer cópias de segurança antes de iniciar o reparticionamento. Usando a analogia da casa, você provavelmente deverá mover todos os móveis fora dela antes de mover a parede sobre o risco de destruílos. Felizmente, esta é uma alternativa para muitos usuários; veja Reparticionamento não destrutivo quando iniciando pelo DOS Win-32 ou OS/2, Secção 3.6.
No mínimo, GNU/Linux precisa de uma partição para sua instalação. Você pode ter uma partição simples contendo todo o sistema operacional, aplicativos, e seus arquivos pessoais. Muita pessoas sentem necessidade de possuir uma partição swap, embora não seja necessária. "Swap" é um espaço utilizando pelo sistema operacional que permite que o sistema criar uma "memória virtual". Colocando swap em uma partição separada, Linux pode fazer um uso mais eficiente dela. É possível forçar o Linux a utilizar um arquivo regular como swap, mas isto não é recomendado.
Porém, muitas pessoas decidem ter um número mínimo de partições para GNU/Linux. Existem duas razões para colocar os sistema em diversas partições pequenas. O primeiro é a segurança, se ocorrer um corrompimento do sistema de arquivos, geralmente somente aquela partição é afetada. Assim, você somente terá que restaurar (através de backups que criou) a partição afetada de seu sistema. No mínimo considere a criação de uma partição separada que é normalmente chamada de "partição root". Esta partição contém os componentes mais essenciais para o funcionamento de seu sistema. Se ocorrer o corrompimento de outras partições, você poderá iniciar o GNU/Linux e corrigir este problema. Isto pode evitar toda a reinstalação de seu sistema por causa de um problema.
A segunda razão é geralmente mais importante em uma empresa, mas depende do uso
de seu computador. Suponha que alguma coisa esteja fora de controle e começa a
comer seu espaço em disco. Se o processo causador deste problema procura obter
privilégios de root (o sistema mantém uma porcentagem do espaço em disco longe
dos usuários), de repente você pode descobrir que perdeu espaço em disco. Isto
não é muito bom como o OS precisa utilizar arquivos reais (além do espaço de
troca) para muitas coisas. Pode nem ser mesmo um problema de origem local.
Por exemplo, obtendo e-mails indesejados pode-se facilmente encher uma
partição. Utilizando mais partições, você estará protegendo seu sistema de
muitos destes problemas. Usando novamente o e-mail como exemplo, colocando
/var/spool/mail
em sua própria partição, o resto do sistema
trabalhará normalmente se você receber muitos e-mails.
Outra razão se aplica somente se você possui somente um disco IDE grande, e estiver utilizando o endereçamento LBA, sem a utilização de drivers overlays (muitas vezes enviados pelo fabricante do disco rígido). Neste caso, você deverá criar a partição root nos primeiros 1024 cilindros do seu disco rígido (normalmente em torno de 524 megabytes).
A única desvantagem de se utilizar diversas partições é a dificuldade de se saber com antecedência quais serão as suas necessidades de espaço. Se você criar uma partição muito pequena, você terá que reinstalar todo o sistema ou terá que mover arquivos freqüentemente para outras partições para liberar espaço na partição. No outro caso, se criar um partição muito grande, você estará desperdiçando espaço que poderia ser utilizado em outro local. Espaço em disco é hoje em dia barato, mas porque jogar seu dinheiro fora?
A lista seguinte descreve alguns diretórios importantes. Ela deve ajuda-lo a decidir o esquema de particionamento para seu sistema. Se ela é muito confusa para você, apenas ignore-a e re-leia esta seção após ler todo o restante do manual de instalação.
/
: a raíz representa o ponto de partida da hieharquia de
diretórios. Ele contém diversos programas essenciais para que o computador
inicialize. Isto inclui o kernel, bibliotecas do sistema, arquivos de
configuração em /etc/
e vários outros arquivos essenciais.
Tipicamente são necessários de 30 a 50 MB, mas isto pode variar.
Nota: não coloque o diretório /etc/
em uma partição própria; você
não poderá inicializar.
/dev
: Este diretório contém vários arquivos de dispositivos que
são interfaces para vários componentes de hardware. Para mais detalhes, veja
Nomes dos dispositivos no
Linux, Secção 6.3.
/usr
: Aqui residem todos os programas dos usuários
(/usr/bin
), bibliotecas(/usr/lib
), documentação
(/usr/share/doc
), etc. Esta parte do sistema de arquivos precisa
de mais espaço. Você deve no mínimo oferecer de 300 a 500MB de espaço em
disco. Se você deseja instalar mais pacotes, aumente a quantidade de espaço
neste diretório.
/home
: Cada usuário grava seus dados em um subdiretório deste
diretório. O tamanho dele depende de quantos usuários estarão usando o sistema
e quais arquivos são armazenados em seus diretórios. Dependendo do
planejamento de uso, você deve reservar um espaço acima de 100MB para cada
usuário, mas adapte este valor as suas necessidades.
/var
: Todos os dados variáveis como artigos news, e-mails, páginas
de Internet, cache do APT, etc, serão armazenados neste diretório. O tamanho
deste diretório depende únicamente do uso do computador, mas para a maioria das
pessoas ele será unicamente dedicado a ferramenta de manutenção de pacotes. Se
planejar fazer uma instalação completa de tudo que a Debian oferece em uma
seção, a escolha do tamanho de 2 ou 3 gigabytes de espaço para
/var
deve ser suficiente. Se você quer instalar por partes (isto
é, instalar serviços e utilitários, seguidos por ferramentas de texto, então o
X, ...), você pode usar de 20 a 50 MB de espaço para /var
. Caso o
espaço em seu disco rígido seja um prêmio e você não planeja usar o APT, ao
menos para maior atualizações, você pode conviver com um espaço entre 30 e 40
MB em /var
.
/tmp
: Se um programa cria um arquivo temporário, ele normalmente o
fará aqui. 20 a 50 MB devem ser o bastante.
/proc
: Este é um sistema de arquivos virtual que não reside no
disco rígido, assim não é necessário espaço em disco rígido. Ele oferece
informações vitais e interessantes sobre a execução do sistema.
É importante decidir qual será a função de sua máquina. Isto determinará os requerimentos de espaço em disco e afetará o esquema de particionamento.
Isto foi mudado para a Potato -- nós precisamos atualiza-lo. Existe um número de tarefas comuns Como isto deve ser chamado? que a Debian oferece para sua conveniência (veja Seleção Simples de Pacotes -- O Instalador de Tarefas, Secção 8.13). Aplicações de tarefa comuns são simplesmente conjuntos de seleções de pacotes que fazem isto fácil para você, no qual um número de pacotes são automáticamente marcados para instalação.
Cada perfil escolhido terá o tamanho resultante após completar a instalação. Se você não utilizar estes perfis, esta discussão é importante para o planejamento, desde que ele lhe dará a noção do tamanho da partição que você terá que possuir.
Os seguintes são vários dos perfis disponíveis e seus tamanhos: Os vários aplicativos e tamanhos provavelmente devem estar aqui.
Lembre-se que estes tamanhos não incluem todos os outros materiais que são
normalmente encontrados, como os arquivos de usuário, e dados. É sempre bom
ser generoso quanto ao espaço de seus próprios arquivos e dados. Notavelmente,
a partição /var
da Debian contém muita informações
circunstânciais. Os arquivos do dpkg
(com informações de todos os
pacotes instalados) podem facilmente consumir 20MB; com logs e o resto, você
deverá reservar no mínimo 50MB para /var
.
A BIOS do PC geralmente contém limitações adicionais para o particionamento de
discos. Isto é um limite que pode envolver muitas partições
"Primárias" e "Lógicas". Adicionalmente, com as bios
fabricadas entre 94-1998, estes são limites de inicialização. Mais informações
pode ser encontradas em Linux Partition
HOWTO
e Phoenix BIOS
FAQ
, mas esta seção inclui alguns textos para lhe ajudar em muitas
situações.
Partições "Primárias" são o esquema de partição originais encontradas nos discos dos PCs. No entanto, um mesmo disco pode armazenar somente quatro delas. Para superar esta limitação, foram inventadas as partições "Extendidas" e "Lógicas". Configurando uma de suas partições Primárias como partição Extendida, pode-se subdividir esta partição Extendida em diversas partições Lógicas. Não existem limitações no número de partição Lógicas que você pode criar; no entanto, somente é permitida uma partição Extendida por disco rígido.
O limite de partições por disco no Linux é 15 partições para discos SCSI (3 usadas como partições primárias e 12 como partições lógicas), e 63 partições em um disco IDE (3 usadas como partições primárias e 60 partições lógicas).
O último assunto sobre PC BIOS que você precisa saber é sobre sua partição de
boot (inicialização), isto é, a partição que contém a imagem do kernel, ela
deve estar localizada entre os primeiros 1024 cilindros do disco rígido, a não
ser que você tenha uma BIOS mais nova fabricada entre 1995-98 (dependendo do
seu fabricante) que suporta a especificação "Enhanced Disk Drive Support
Specification". Inicialize o Lilo, o carregador do Linux, e o
mbr
alternativo da Debian deverá usar o BIOS para carregar o
kernel do disco na RAM. Se as extensões de acessos a disco de alta capacidade
0x13 estiverem presentes, elas serão usadas. Caso contrário, a interface de
acesso a disco será usada, e ela não pode ler localizações de endereço acima do
1023º cilindro. Uma vez que o Linux for inicializado, não interessam qual BIOS
seu computador possui, estas restrições não se aplicam mais, pois o Linux nào
usa a BIOS para o acesso ao disco.
Se você possui um disco grande, você deverá utilizar as técnicas de tradução de
cilindros, que você pode configurar em sua BIOS, como o modo de tradução LBA ou
o modo de tradução CHR ("Large"). Mais informações sobre o assunto
disco grande pode ser encontrado em Large disk
HOWTO
. Se você esta usando o sistema de tradução de cilindros,
então sua partição deve estar entre a representação traduzida do
cilindro número 1024.
O método recomendado de se solucionar isto é criando uma pequena partição ( de
5 a 10 MB) no inicio do disco e usando-a como a partição /boot
, e
criar quaisquer outras partições que deseja na área restante. Esta partição de
inicialização deve ser montada no diretório /boot
, pois
este é o diretório onde os arquivos de inicialização são armazenados. Esta
configuração funcionará em qualquer sistema, até mesmo se o modo de tradução
CHR é usado e até mesmo se sua BIOS suportar a extensão de acesso a grandes
discos.
As partições e discos do Linux são nomeados de formas diferentes de outros sistemas operacionais. Você precisará conhecer os nomes que o Linux usa antes de criar suas partições. Aqui um esquema básico de nomes:
As partições em cada disco são representadas por um número decimal correspondente ao nome do disco: "sda1" e "sda2" representam a primeira e segunda partição do primeiro disco SCSI do computador.
Aqui um exemplo real. Imagine que você possui um sistema com 2 discos SCSI, um no segundo endereço SCSI e o outro SCSI no endereço 5. O primeiro disco (no endereço 2) é nomeado como "sda", e o segundo "sdb". Se a unidade "sda" possui 3 partições nele, estas serão nomeadas como "sda1", "sda2" e "sda3". O mesmo se aplica ao disco "sdb" e suas partições.
Note que se você tiver duas adaptadoras de barramento SCSI (i.e. controladoras), a ordem dos drives podem gerar confusão. A melhor solução neste caso é ler as mensagens no boot, assumindo que você conheça o modelo dos discos rígidos.
Linux representa as partições primárias como o nome da unidade, mais um número
de 1 a 4. Por exemplo, a primeira partição primária de um disco IDE é
/dev/hda1
. As partições Lógicas são numeradas a partir de 5,
assim a primeira partição Lógica no mesmo disco é /dev/hda5
.
Lembre-se que a partição Extendida, isto é, a partição Primária que armazena as
partições Lógicas, não é utilizada para armazenamento. Isto se aplica tanto a
discos SCSI como a discos IDE.
Como descrito acima, você definitivamente devera ter uma partição root (raiz)
separada e menor, e uma partição /usr
larga, se você tiver espaço.
Por exemplo, veja abaixo. Para maior parte dos usuários, as duas partições
inicialmente mencionadas são suficientes. Isto é especialmente recomendado
quando você tem um disco rígido pequeno, assim criando várias partições
desperdiçara mais espaço.
Em muitos casos, você precisara ter uma partição /usr/local
separada se desejar instalar muitos programas que não fazem parte da
distribuição Debian. Se sua máquina funcionar como servidor de e-mail, você
deverá criar uma partição separada para /var/spool/mail
.
Normalmente, é uma boa idéia colocar /tmp
em sua própria partição,
com o espaço entre 20 e 30MB. Caso esteja configurando um servidor que terá
várias contas de usuários, é recomendado criar uma grande partição
/home
. Em geral, as situações de particionamento variam de
computador para computador, dependendo de seu uso.
Para sistemas muito complexos, você deverá ler o Multi Disk
HOWTO
. Este contém informações detalhadas, muito de interesse de
ISPs e pessoas configurando servidores.
A respeito do assunto tamanho da partição de troca, existem muitos pontos de vista. Uma regra que funciona bem é criar o tamanho do arquivo de troca de acordo com a memória em seu sistema, embora não seja muito comum para muitos usuários ter mais que 64MB de swap. Também não pode ser menor que 16MB, na maioria dos casos. É claro, existem exceções para estas regras. Se você está tentando resolver 10.000 equações simultâneas em uma máquina com 256MB de memória, você precisará de 1 gigabyte (ou mais) de swap. Em arquiteturas de 32bits (i386, m68k, 32-bit SPARC, e PowerPC), o tamanho máximo de uma partição swap é de 2 GB (no Alpha e SPARC64, é virtualmente ilimitado). Isto deve ser o bastante para qualquer instalação. No entanto, caso os requerimentos de sua partição swap são grandes, você deve dividi-la em diferentes discos (também chamados de "spindles") e, se possível, canais SCSI e IDE diferentes. O kernel balanceará o uso da swap entre as múltiplas partições swap, oferecendo melhor performance.
Em um exemplo, a máquina da casa do autor possui 32 MB de RAM e 1.7 GB IDE em
/dev/hda
. Isto é uma partição de 500MB para outro sistema
operacional em /dev/hda1
(e 200MB nunca foram usados). Uma
partição de 32MB é usada em /dev/hda3
e o resto (acima de 1.2GB em
/dev/hda2
) é a partição Linux.
Se você não particionou seus discos rígidos com o sistema de arquivos Linux native e Linux swap, i.e., como descrito em Pré-Particionando para Sistemas Multi-Boot, Secção 3.5, o próximo passo será ``Particionar o Disco Rígido''. Se você já criou no mínimo uma partição Linux native e uma partição de disco Linux swap, a próxima opção do menu será ``Inicializar e Ativar uma Partição Swap'', ou você poderá pular este passo se o seu sistema tem pouca memória e caso tenha ativado a partição swap quando o sistema foi iniciado. Se estiver na seleção de menu ``Próximo'', você pode usar a seta para baixo para selecionar ``Particionar o Disco Rígido''.
O item de menu ``Particionar o Disco Rígido'' mostra a você uma lista de discos rígidos que você pode particionar, e executar o programa de particionamento. Você deve criar no mínimo uma partição de disco "Linux native" (tipo 83) e você provavelmente precisará de uma partição "Linux swap" (tipo 82), como explicado em Particionando seu disco rígido, Capítulo 6. Se você tem dúvida sobre o particionamento de disco, volte e leia aquele capítulo.
Dependendo da sua arquitetura, existem diferentes programas que podem ser usados. Estes são os programas disponíveis para sua arquitetura.
fdisk
página de manual do fdisk
.
Tenha cuidado se possuir partições FreeBSD existentes em sua máquina. O kernel
da instalação inclui suporte a estas partições, mas a maneira que o
fdisk
as representa (ou não) pode tornar os nomes de dispositivos
diferentes. Seja atencioso, e veja Linux+FreeBSD
HOWTO
.
cfdisk
página de manual do cfdisk
.
Note que o cfdisk
não entende completamente as partições FreeBSD
e, novamente, os nomes de dispositivos podem ser diferentes.
Um destes programas será executado por padrão quando você selecionar
``Particionar o Disco Rígido''. Se o programa executado por padrão não é o que
deseja, saia do particionador, vá para o shell (tty2), e digite manualmente o
nome do programa que deseja usar (e argumentos se precisar). Então pule o
passo ``Particionar o Disco Rígido'' no dbootstrap
e continue com
o próximo passo.
Uma partição swap é extremamente recomendada, mas você pode continuar sem ela se insistir, e se o sistema possuir mais que 16MB de RAM. Para instalar sem uma partição swap, selecione a opção do menu ``Continuar sem uma partição Swap''.
Lembre-se de marcar usa partição root como "Bootable"(inicializável).
Este será o próximo item de menu uma vez que criou uma partição de disco. Se tem a opção de inicializar e ativar a nova partição swap, ativar uma partição anteriormente inicializada, e continuar sem uma partição swap. É sempre permitido re-inicializar uma partição swap, é só selecionar ``Inicializar e Ativar uma Partição Swap'' a menos que saiba seguramente o que está fazendo.
Esta opção de menu mostrará a você uma caixa de diálogo dizendo ``Selecione a partição para ativar como dispositivo swap.''. O dispositivo padrão mostrado será a partição swap que você configurou atualmente; se for, apenas pressione Enter.
Após isto você terá a opção de verificar toda a partição por blocos de discos que não podem ser lidos causados por defeitos na superfície dos discos do disco rígido. Isto é útil se você tiver um disco MFM, RLL, ou discos SCSI antigos, e nunca danifica (embora possa levar algum tempo). Discos funcionando corretamente em muitos dos sistemas modernos não precisam desta opção, como eles possuem mecanismos internos próprios para mapear blocos de discos defeituosos.
Finalmente, esta é a mensagem de confirmação, desde que a inicialização destrói todos os dados antigos da partição. Se está tudo bem, selecione ``Sim''. A tela mostrará o programa de inicialização sendo executado.
Neste ponto, a próxima opção mostrada no menu será ``Inicializar uma Partição Linux''. Se não for ela, é porque você não completou o processo de particionamento do disco, ou você não escolheu uma das opções de menu de sua partição de troca.
Você pode inicializar uma partição Linux, ou alternativamente você pode montar
uma partição inicializada anteriormente. Note que o dbootstrap
não atualizará um sistema antigo sem destruí-lo. Se você está
atualizando, a Debian pode usualmente atualizar-se, e você não precisará
utilizar o dbootstrap
. Para instruções de upgrade para a Debian
3.0, veja instruções de
upgrade
.
Assim, se você esta utilizando partições de disco antigas que não estão vazias, i.e. se você deseja destruir o que estiver nela, você deverá inicializa-la (que apagará todos os arquivos). Mais ainda, você deve inicializar qualquer partição que você criou no passo de particionamento de disco. Sobre a única razão para montar uma partição sem inicializa-la neste ponto é porque voce já deve ter feito grande parte do processo de instalação com as mesmas configurações dos disquetes de instalação.
Selecione a opção de menu ``Inicializar uma Partição Linux'' e monte a partição
de disco /
. A primeira partição que você montar e inicializar
será a única montada como /
(pronunciada "raíz" - em
inglês "root").
Você será perguntado se deseja manter ``Compatibilidade com Kernel Linux Anterior ao 2.2'' Dizendo ``Não'' significa que não poderá executar kernels da série 2.0 ou anteriores em seu sistema, pois o sistema de arquivos ativará características que estes kernels não suportam. Se você nunca precisou executar um kernel 2.0 ou anterior em seu sistema, responda ``Não'' a questão. O padrão é ``Sim'' em nome da compatibilidade.
Você também será perguntado se deseja fazer a verificação por blocos defeituosos. O padrão é pular a verificação por blocos defeituosos, pois a verificação consome muito tempo e controladoras de disco modernas detectam e fazem a correção adequada quando encontram blocos defeituosos. No entanto, se não está certo da qualidade de sua controladora de disco, ou se tiver um sistema muito antigo, provavelmente deverá fazer a procura por blocos defeituosos.
As próximas perguntas são somente para confirmação. Você será perguntado para
confirmar, pois a inicialização destruirá todos os dados em sua partição de
disco, e você será perguntado se a partição deverá ser montada como
/
[4].
Após você montar a partição /
, o próximo item de menu será
``Instalar o Kernel e os Módulos'', a não ser que você já tenha feito vários
passos da instalação. Você pode usar as setas para selecionar o item de menu
para inicializar e/ou montar as partições de disco caso você tiver mais
partições para configurar. Se você criou partições separadas para
/var
, /usr
ou outros sistemas de arquivos, você pode
inicializa-las e/ou monta-las agora.
Uma alternativa para ``Inicializar uma Partição Linux'', Secção 6.8, é o passo ``Montar uma Partição Linux já Inicializada''. Use isto se você esta resumindo uma instalação que foi perdida, ou se você deseja montar partições que já foram inicializadas ou possuem dados que deseja preservar.
Se você estiver instalando em uma estação de trabalho sem disco rígido, neste ponto, você pode montar sua partição NFS root através do servidor NFS remoto. Especificamente o caminho para o servidor NFS na sintaxe NFS, isto é, nome-do-servidor-ou-IP:caminho-do-compartilhamento-do-servidor. Se voce precisar montar sistemas de arquivos adicionais também, você pode monta-los agora.
Se você ainda não configurou sua rede como descrito em ``Configurar a Rede'', Secção 7.5, então ao selecionar uma instalação NFS, será perguntado por por isso.
dbootstrap
Em algumas situações especiais, o dbootstrap
pode não saber como
montar seus sistemas de arquivos (seja o root ou outro qualquer). Pode ser
possível, se você é um usuário Linux experiente, simplesmente vá até o
tty2
e execute manualmente os comandos que você precisa para
montar a partição em questão.
Se estiver montando uma partição raíz para seu novo sistema, apenas monte-a em
/target
, então volte para o dbootstrap e continue (talvez
executando o passo ``Ver a Tabela de Partição'' para o dbootstrap
recomputar onde está no processo de instalação.
Para partições não-raízes, você deve se lembrar de modificar manualmente seu
novo arquivo fstab
assim sua partição será montada quando
reiniciar. Espere o arquivo (/target/etc/fstab
) ser gravado pelo
dbootstrap
, é claro, antes de edita-lo.
Instalando Debian GNU/Linux 3.0 para Intel x86
versão 3.0.23, 15 May, 2002